O Seminário Territórios da Praça: o espaço público e a educação nas periferias em debate integra o projeto de pesquisa e extensão Praça de Aulas realizado pelo Grupo de Estudos Mapografias Urbanas - FAUUSP (GeMAP) em parceria com a Associação Imargem que reúne coletivos autônomos ligados à educação, artes, permacultura e navegação no território do Jardim Gaivotas às margens da represa Billings, extremo sul da cidade de São Paulo.

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O projeto Praça de Aulas, sediado na Associação Imargem e nas escolas públicas do Jardim Gaivotas, com financiamento do CNPq por meio do edital CNPq nº 39/2022 - Divulgação científica e educação museal em espaços científico-culturais, propõe a capilaridade territorial da difusão cultural e científica. O cotidiano do projeto tem sido caracterizado pelas práticas extensionistas e ativistas da parceria no território, entretanto, a partir dele se abre um extenso campo de investigação e trocas científicas.

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Neste campo intrinsecamente multidisciplinar, delimitamos três bases para os debates no seminário:

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1. As transformações territoriais incrementadas por ações educativas;

2. Métodos e dispositivos de formação de jovens pelo e no território;

3. Difusão cultural e científica como formação política do sujeito periférico.

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Estas três bases atravessarão os quatro painéis temáticos definidos para os debates a partir das ações de pesquisa e extensão no território. São eles:

 

PT1: Agenciamentos do espaço público, o painel põe em debate estratégias de ações educativas e culturais processadas nos espaços públicos

PT2: Territorialização pela escola, o painel discute as escolas públicas como elemento territorializador de ações de transformação sociocultural

PT3: Difusão cultural e científica nas bordas, propõe trocas de experiências relacionadas a esta questão em sua capilaridade social e territorial.

PT4: Agenciamentos do território, debate as estratégias de ações transformadoras sobre o habitat urbano nos fluxos pelo território​

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O formato do Seminário Territórios da Praça: o espaço público e a educação nas periferias em debate está baseado antes em um método de trabalho do que em uma distribuição de programação. Todos os painéis temáticos comportarão todos os apresentadores de trabalho e todo o público presente ao evento, não há sobreposição de sessões, nem separação em debates específicos, a intenção é o debate em sua multiplicidade.

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O seminário propõe estimular o debate qualitativo ao invés de amostragem quantitativa, em cada painel serão apresentados quatro trabalhos com tempo previsto de trinta minutos para cada, ao final serão dedicados sessenta minutos para os debates, totalizando três horas para cada painel temático. Ademais, as mesas que compõem os momentos inicial e final dos debates nos Painéis colocarão frente a frente acadêmicos brasileiros e estrangeiros com membros de coletivos territorializados nas periferias de São Paulo. Em seguida à mesa no primeiro dia do evento está prevista a palestra inaugural com um diálogo entre territórios na América Latina, Tim (Coletivo Imargem, Jardim Gaivotas, São Paulo) e Francisco Cabanzo (UEB, Sumapaz, Bogotá).

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O Seminário só estará completo com a visita ao território e ao exercício de sua experimentação, no sábado dia 19/10, os participantes estão convidados (com inscrição prévia) para visitar o projeto Praça de Aulas no Jardim Gaivotas, Grajaú, São Paulo. 

 

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Contribuições para os profissionais envolvidos no evento

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No XX Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (ENANPUR - 2023), o maior encontro científico da área de Planejamento Urbano e Regional / Demografia, foi realizada a Sessão Especial 2 – Extensão Universitária e Pesquisa: agenda única na Pós-graduação, coordenada por Jorge Bassani (USP) com a participação de Luciana Lago (UFRJ), Rita Velloso (UFMG) e Daniele Caron (UFRGS). O objetivo da SE 2 foi introduzir na pauta do Encontro a articulação ente extensão e pesquisa nos programas de pós-graduação da área, considerando os avanços das práticas extensionistas na articulação com ensino em nível da graduação, especialmente após a Resolução 7/2018 do Ministério da Educação que curriculariza a extensão universitária.

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A proposta do Seminário Territórios da Praça: o espaço público e a educação nas periferias em debate foi construída integralmente sobre a articulação extensão – pesquisa, contudo, outros pontos o justificam e qualificam sua contribuição para a área, possivelmente os mesmos pontos que amparam a SE2 no ENANPUR e a Resolução do ME, aqueles relativos ao problema de como a Universidade, especialmente em pesquisa de pós-graduação, constrói um diálogo verdadeiro, eficiente e profundo, principalmente em níveis de equivalência, com a sociedade.

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Frente a um problema tão vasto, o Seminário põe foco nos pontos que são próprios dos estudos territoriais em relação à questão da ciência e pesquisa em territórios periféricos. Sua proposta é criar um ambiente de discussão entre as diversas abordagens acadêmicas impactadas pela ação extensionista. Os painéis temáticos pressupõem a interdisciplinaridade dos estudos sobre o território e como prática e método de difusão científica, não endêmica a uma área, mas de transbordamento em suas próprias análises, sejam do Urbanismo, Geografia, História, Antropologia, Estudos Culturais ou Ciências Sociais.